TAEs da Unila derrubam processo que altera o PGD e obtém moção de apoio à greve nacional
Na última reunião do Conselho Universitário da Unila (CONSUN), realizada na segunda-feira (18), as técnicas e os técnicos administrativos em educação (TAEs) demonstraram a força da união e conquistaram importantes vitórias para a categoria.
Após a nítida tentativa da reitoria da universidade de suprimir o direito de greve dos trabalhadores e das trabalhadoras, com a tramitação às pressas das alterações do Programa de Gestão e Desempenho (PGD) para apreciação do Conselho — e desrespeitando a própria normativa interna sobre o fluxo processual (Portaria n. 444, de 29 de setembro de 2022) —, técnicas e técnicos da Unila ocuparam a reunião do CONSUN, com cartazes da greve nacional, para cobrar a retirada do processo que modifica o PGD da pauta de discussão da sessão. Aproximadamente 100 TAEs participaram do ato, os demais que não conseguiram acesso a sala reunião, acompanharam a transmissão online, em uma sala ao lado.
Durante a sessão, os técnicos fizeram intervenções e solicitaram uma moção de apoio à Greve Nacional ao CONSUN, que resultaram nas seguintes propostas: adiamento do processo de alteração do PGD até o fim da greve, sendo precedido por audiências públicas; discussões em assembleias da categoria; e a formação de uma comissão paritária para elaborar a relatoria que será enviada ao conselho. Depois de quase duas horas de resistência por parte da reitoria e, com o apoio de alguns Conselheiros e algumas Conselheiras, os TAEs da Unila conquistaram a moção de apoio do CONSUN e a retirada do processo de pauta.
“Muito importante o órgão máximo da universidade demonstrar apoio à categoria neste momento crucial de luta pelas carreiras dos trabalhadores da Educação. O sindicato não vai aceitar imposições autoritárias, intimidações ou tentativas de cercear o direito de greve dos trabalhadores e das trabalhadoras”, destaca Marcello Locatelli, coordenador do Sinditest-PR.
Momentos antes do ato, a reitoria da Unila publicou uma nota descredibilizando o movimento grevista, apresentando o calendário de atividades do Comitê de Avaliação e Acompanhamento do PGD (CAAPGD), com relação ao processo de elaboração do relatório de avaliação do programa, realizado ao longo do segundo semestre do ano passado.
Importante ressaltar que, após a coleta dos dados para a elaboração deste relatório, não houve análise desses dados pelo referido Comitê, as reuniões ficaram escassas e as mudanças propostas para o programa não foram discutidas, sequer apresentadas aos representantes TAEs no Comitê. A nota ainda acrescenta duas etapas, até então desconhecidas pelo CAAPGD: “Março de 2024 – Apresentação de nova regulamentação e Março de 2024 – Fórum ‘O PGD da UNILA’”, numa tentativa de novamente simular, por meio dessas ferramentas participativas, uma pseudodemocracia, que está sendo usada para oprimir a categoria, e aprovar decisões impopulares com um “verniz” democrático.
“O relatório coletou informações importantes com relação ao adoecimento mental dos técnicos da UNILA, não só daqueles em teletrabalho, mas também dos que ficaram no atendimento presencial. Um dos pontos da instrução normativa do governo federal, que regulamenta o PGD em âmbito nacional é também ‘contribuir para a saúde e a qualidade de vida no trabalho dos participantes’. Mas este ponto parece estar sendo ignorado aqui na UNILA”, ressalta Fernanda Pereira, coordenadora do Sinditest-PR.
Vale destacar que a categoria está em meio à Greve Nacional dos trabalhadores em educação, e realizar quaisquer atividades que alterem a dinâmica de trabalho das técnica e dos técnicos na universidade, durante este período, fere o direito à greve, e demonstra, novamente, falta de apoio da gestão ao movimento de luta da categoria.
Essas vitórias demonstram a força e determinação dos e das TAEs da UNILA. É um exemplo claro de que quando a categoria está unida, é possível alcançar grandes conquistas. O Sinditest-PR parabeniza todas e todos os envolvidos nessa luta e reforça o compromisso de continuar lutando por melhores condições de trabalho e pela valorização dos técnicos administrativos e das técnicas administrativas em educação.
Seguimos juntes na luta!
Fonte: SINDITEST